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SEEB/SE denunciou desmonte da Caixa

156 Anos da Caixa

Na agência Serigy, na data de comemoração dos 156 anos da Caixa Econômica Federal (156 anos), dirigentes do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) e da Apcef denunciaram as ameaças de desmonte do banco federal. Para a presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira é fundamental que a categoria e a população brasileira se mobilizem para intensificar a luta contra a desestruturação da Caixa.

“A Caixa Econômica é uma das maiores financiadoras de habitação popular do mundo. Nacionalmente, ela está entre os maiores lucros do sistema financeiro e vem contribuiu significativamente com o desenvolvimento econômico e social do país. Mas, esse patrimônio nacional está ameaçado pelo governo Temer, que tem como objetivo principal desestruturar e fragilizar o banco para colocá-lo à disposição do capital privado”, denuncia a presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira.

Redução de 10 mil postos

As lideranças sindicais estão preocupadas com o futuro da Caixa enquanto fomentadora de políticas públicas, com a sobrecarga de trabalho e com a precarização do atendimento: as filas deverão ser ampliadas.

O presidente da Caixa, Gilberto Occhi já admitiu que a meta do banco é reduzir em 10 mil o número de empregados e fechar cerca de 100 agências, em todo o país. Para isso, o governo federal deverá anunciar o do Plano de Demissão Voluntária (PDV) e o Plano de Aposentadoria. Desse pacote, em Sergipe, o banco poderá reduzir, por exemplo, de 27 para nove, o número de gerentes de pessoas jurídicas.

Ivânia Pereira pede as autoridades de órgãos como Ministério Público, Ministério do Trabalho Defensoria dos Direitos dos Consumidores que fiquem atentas e fiscalizem o assédio moral, a sobrecarga e precarização do trabalho na Caixa.

“Sem convocar os aprovados no último concurso, ao reduzir de forma drástica o número de funcionários as consequências serão enormes. Além da sobrecarga do trabalho, os clientes serão condenados a gastar maior tempo para ser atendido”, a Ivânia Pereira.

Resistência

“Estamos comemorando o aniversário da Caixa em clima de resistência para impedir as ameaças de privatização da Caixa e a população também precisa participar dessa luta. Esse patrimônio é do povo. Já na sua criação, a Caixa  recebia depósitos de poupança de escravos para comprar a liberdade, a alforria. Diferente de outras instituições financeiras, a Caixa sempre acolheu o povo simples, acolheu os mais pobres.  No entanto, a lógica do atual governo é entregar o lucro das ações da Caixa aos especuladores. A lógica de Temer é mesmo privatizar as empresas públicas”, diz Rosi Santos.

Para a diretora da Apcef, Cely Bezerra, “nesses 156 anos da Caixa, ao lado dos colegas do SEEB/SE, estamos reafirmando a defesa da função social da Caixa e denunciando as medidas de desestruturação e sucateamento do banco federal”, afirma.  

Por Déa Jacobina. Ascom SEEB/SE