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Governo de Sergipe recebe lideranças da CTB e sindicatos de servidores públicos

Em plena campanha unitária por recomposição salarial, para corrigir a defasagem inflacionária, e contra o atraso de pagamento da folha, as lideranças da Central dos Trabalhadores (CTB/SE) e de sindicatos de servidores públicos estaduais, a maioria filiados à central, foram recebidos pelo vice-governador, Belivaldo Chagas (PMDB) e pelos secretários de Finanças e de Planejamento, respectivamente, Josué Modesto e Rosman Pereira. Depois de ouvir as lideranças, Belivaldo Chagas falou sobre “a crise financeira que atinge o estado e o país”, porém garantiu que está aberto ao diálogo e marcou uma nova reunião para a próxima semana

O encontro aconteceu nessa segunda-feira, 05, no Palácio de Despachos. A audiência foi solicitada pela CTB e sindicatos, por meio de ofício assinado coletivamente pelo então presidente da CTB Edval Gois e dos sindicatos: Sindicato dos Trabalhadores na Área de Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), Augusto Couto; Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Sergipe (Sintrase), Diego Araujo; Sindicato dos Condutores de Ambulâncias do Samu (Sindiconam), Adilson Melo;  Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), Shirley Morales; Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Rural do Estado de Sergipe (Sinter), Xerxes Furtado. Também fazem parte do movimento os sindicatos do Fisco de Sergipe (Sindifisco), Paulo Pedroza e dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), João Alexandre.

As intervenções foram abertas por Edival Gois que reafirmou a pauta do encontro: a necessidade da reposição da inflação e do pagamento salarial dentro do mês. Ele destacou a unidade dos sindicatos em torno do fortalecimento desse movimento reivindicatório que traz uma pauta de reivindicações enxuta. “Sabemos das dificuldades financeiras por que passa o Estado, porém, acreditamos que este governo precisa encontrar uma solução para devolver o poder de compra dos servidores, que há quase quatro anos estão sem reposição salarial frente à inflação. Esta será uma decisão não apenas financeira por parte da administração estadual, mas especialmente uma decisão política”. Logo em seguida, o presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza, reforçou a tese de que a administração estadual precisa se esforçar para atender a pauta apresentada. “Não podemos mais esperar que o bolo cresça para só depois ser repartido com os servidores”, disse Pedroza que voltou a defender a tese de que o governo tem condições de atender as reivindicações. “A receita corrente líquida do Estado cresceu no mesmo patamar da inflação, algo em torno de 30%. Nem mesmo quando o governo recebeu o dinheiro da repatriação, os salários foram reajustados ou pagos em dia”, afirmou Pedrosa.

A presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira afirmou que “a elite brasileira não consome no mercado interno. Se a gente insistir nessa política de não reposição de salários, vamos estagnar a nossa economia”. A sindicalista Shieley afirmou que os servidores da saúde exigem do sindicato o fortalecimento da pela luta pela recomposição salarial. ”A nossa base não está suportando as dificuldades postas. Ao lado das péssimas condições de trabalho, com a queda do poder de compra, a nossa categoria nos pressionam a garantir à reposição inflacionária para que possam suprir as necessidades básicas”, afirmou.  

O presidente do Sintasa, Augusto Couto, seguindo a mesma tese dos outros sindicalistas, afirmou que “com quatro anos sem correção nos salários, o que representa uma perda salarial de 31%, a categoria da saúde não tem como suportar”.

Por Déa Jacobina   Ascom SEEB/SE