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Crise empurrou 4,1 milhões de brasileiros para a faixa de pobreza

No Brasil, o percentual de pessoas pobres cresceu 22% em 2015, de acordo com um estudo publicado na segunda-feira (14/8) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e Fundação João Pinheiro. Em 2014, o percentual de pobres era de 8,1% (menor percentual histórico), saltando para 9,96% no ano seguinte.

Os dados trazidos pelas PNADs (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) mostram que houve redução na renda per capita da população brasileira e ingresso de 4,1 milhões de pessoas na pobreza, sendo que deste total 1,4 milhão de pessoas entraram na extrema pobreza.

Segundo a metodologia, são consideradas pessoas pobres aquelas que têm renda per capita domiciliar inferior a 1/4 de um salário mínimo. Ressalta que a referência usada pela pesquisa é o salário mínimo vigente em 2010 (ano último do Censo), de R$ 510.

Ainda segundo o levantamento, a renda per capita caiu -- de forma inédita na década -- de R$ 803,36 para R$ 746,84, respectivamente.
Já o percentual de extremamente pobres (com renda per capita domiciliar de até 70 reais) subiu de 3,01% para 3,63%. O aumento, porém, não foi o primeiro da década --já havia ocorrido em 2013.

Os dados revelam uma mudança de curva inédita desde o ano 2010. Segundo a pesquisa, foi a primeira vez na década que houve um aumento do número de pobres no Brasil. Entre 2000 e 2010, o percentual de pobres havia caído de 27,9% para 15,2%. Entre 2011 e 2014, houve queda também, ano a ano.

 

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