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SEEB/SE: 84 anos de história de luta e resistência

*Por Ivânia Pereira

O mês de julho é um mês especial para os bancárias e bancários sergipanos: o ‘Sindicato Sergipense de Bancários’, foi fundado em 14 de julho de 1934. Na época, a gloriosa data foi escolhida para reverenciar o dia da Revolução Francesa.

Com a longa trajetória de luta e resistência, o Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) se consagrou como um dos mais fortes e consolidados sindicatos classistas de Sergipe.

Saiba que a fundação do SEEB/SE está umbilicalmente ligada aos movimentos nacional e regional pelo fortalecimento de caixa de pensões e aposentadorias dos bancários.
Por isso mesmo que importantes fatos históricos na vida política e sindical do País não são coincidências. Em julho de 1934, uma das conquistas da primeira greve nacional dos bancários foi a instituição do IAPB (9.07) e cinco dias depois foi fundado o SEEB/SE (14.07).  O instituto foi extinto em 1967, com a criação do INPS.

Das lideranças históricas da fundação do SEEB/SE que enfrentaram a repressão do governo Vargas, reverenciamos o ex-secretário do sindicato Waldemar Piedade Cardoso (Banco Mercantil Sergipense). Em novembro de 1935, ele foi eleito delegado para representar a categoria tanto no Congresso Nacional dos Bancários como no encontro para renovação anual da direção do IAPB. Em 23.11.1935, na viagem para o Rio, Waldemar é preso, por mais ou menos três meses.

O mandato sindical de Waldemar da direção do SEEB/SE foi cassado, "ordem verbal" do Inspetor Regional do Trabalho (...) O nosso Waldemar Piedade foi contemporâneo do jornalista e ex-presidente do sindicato baiano José Motti de Carvalho. Motti também enfrentou perseguições políticas e tragicamente se suicidou. Essas duas lideranças históricas, além de pioneiros dos sindicatos dos estados vizinhos e coirmãos, foram membros da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Waldemar Piedade participou da campanha “O Petróleo é Nosso” na década de 50.

Este ano, com 84 anos de memórias de luta e resistência, precisamos rememorar nossos feitos e nos fortalecer ainda mais para ajudar no enfrentamento nesta nova Campanha Unificada e Nacional dos Bancários.

Essa campanha não será fácil. Com o golpe parlamentar, o Brasil está comandado por uma elite mesquinha, corrupta e conservadora que protagoniza uma das mais conturbada crise política, com ameaças de redução ainda mais do papel social do Estado e retirada de direitos da classe trabalhadora.

*Presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE)