Notícias

Editorial do Resistência nº 1292. MP 871 de Bolsonaro: brutal ataque à aposentadoria

Dia 20, Dia de Luta

Em plena mobilização, as centrais sindicais estão unidas para alertar a sociedade brasileira sobre os ataques contidos na Medida Provisória _ MP_871/2019. Editada pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada na sexta 18 de janeiro de 2019, a MP_871 tem como um dos seus principais eixos dificultar o acesso a vários benefícios previdenciários (auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, salário – maternidade e auxilio reclusão).

A ideia das centrais é revelar de forma mais evidente e didática o brutal ataque que esconde o projeto de governo de Jair Bolsonaro. Um documento unitário será lançado no dia 20 de fevereiro, Dia Nacional de Luta Contra o Fim da Aposentadoria e em Defesa da Previdência Pública. Nesta data, as centrais orientam para a realização de atos em todas as capitais do País. Especificamente em São Paulo terá uma grande Assembleia da Classe Trabalhadora, na Praça da Sé, às 10h.

A construção do documento sobre a MP 871 contam economistas do Dieese e dirigentes e militância da CTB, CSB, CUT, Força Sindical, Nova Central, Intersindical, CSP-Conlutas, CGTB. A última reunião das lideranças das centrais aconteceu no último dia 4, para afinar análise sobre o que impõe e quem sofre com a MP’.

A MP 871 faz parte do pacote dos primeiros 30 dias de governo Jair Bolsonaro. A medida traz grandes desafios e sem paralelo na história do Brasil. São ataques aos nossos direitos e à soberania nacional. Um cenário muito complexo que cobra vigilância ainda maior do movimento sindical e popular.

As tentativas de mudanças profundas no sistema de aposentadorias e pensões teve o apoio da grande mídia. O novo ministro da Economia, Paulo Guedes, defende proposta que inclui regime de capitalização. Caberá a cada trabalhador administrar sua própria poupança.

Até aqui, as centrais mantêm uma base de resistência fundamental na luta contra a Reforma da Previdência. Mas é preciso analisar no detalhe para propor saídas a serem encaminhadas coletivamente ao Congresso Nacional. Será preciso enfrentar a disputa de narrativa nas redes sociais e nas ruas.