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Editorial RESISTÊNCIA edição nº 1295: Reforma da Previdência: ‘imposto’ a ser pago com a própria vida

De acordo com os estudiosos e as denúncias das centrais sindicais, a denominada ‘Reforma da Previdência’ equivale à instauração do maior e mais perverso aumento de imposto da história do Brasil. Recairá basicamente sobre o trabalho (classe trabalhadora, pequenos empresários e autônomos).

Com apoio da elite e dos conservadores e mesmo diante de toda a lama, Jair Bolsonaro apresentará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência ao Congresso nesta quarta-feira (20). A saída do texto do Planalto em direção ao Congresso dará início às concessões que precisarão ser feitas em troca desse apoio, na disputa pelos 308 votos necessários para aprová-la. 

Na resistência, as centrais reforçam a convocação das grandes assembleias de protesto a serem realizadas no dia 20. 

Em dez anos, o governo prevê R$ 1 trilhão em recursos retirados da população por meio da reforma. São recursos que hoje pertencem às pessoas que estão em idade de trabalho e vão se aposentar no futuro.

A proposta da Reforma da Previdência deixará de transferir para a população recursos da ordem de R$ 100 bilhões por ano.

A reforma proposta equivale a um imposto que não é pago com boleto ou guia de arrecadação, mas com a própria vida. Pagará seja trabalhando mais, morrendo antes de se aposentar ou recebendo legalmente uma mixaria, ou mais precisamente, um benefício em valor menor do que um salário mínimo. Situação semelhante já acomete a população do Chile, desde que teve ingresso o regime de capitalização.

Os grandes empresários e banqueiros não vão pagar um centavo a mais por esse imposto. Além de não pagar, os grandes bancos lucrarão com a comercialização da previdência privada. Com uma previdência pública miserável, a previdência privada será usada como complemento.

É isso! A reforma dessa dupla Bolsonaro/Guedes é um imposto cruel que no fundo incide sobre a vida do brasileiro. Ela quer destruir o maior programa de distribuição de renda do Brasil, mundialmente reconhecido, e impedir que riquezas geradas pelo Brasil ajudem na aposentadoria.

Reaja, enquanto é tempo!