Covid-19

Negociação sobre saúde termina sem avanço

 

Em uma negociação tensa, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) trataram sobre saúde e condições de trabalho, nesta terça-feira (11/08). Enquanto os representantes dos trabalhadores traziam uma pauta em defesa da garantia da qualidade de vida, melhores condições de trabalho, contra adoecimentos, os bancos discutiam a possibilidades de retirada de direitos.


Antes do início das negociações, a categoria realizou um tuitaço, com a hashtag #SaúdeAcimaDoLucro para mostrar a preocupação com o tema. No entanto, na negociação, os bancos adotaram a postura que a lucratividade está acima de qualquer coisa, reforçando metas abusivas que levam os trabalhadores ao adoecimento.


Manifestaram a intenção de reduzir direitos, como a cláusula nona, que trata da complementação salarial, onde querem diminuir de 24 meses para apenas 12. Outro ponto a ser retirado é a cláusula do limbo que atualmente é de 120 dias e querem reduzir para 90.


O Comando rebateu a todas as propostas, no intuito de garantir o que já foi conquistado na atual CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e também avançar, já que a situação do trabalhador está se agravando pela pandemia do coronavírus. Na reunião, foi pedido que não houvesse afrouxamento nos protocolos de prevenção da Covid-19, e os bancos se mostraram favorável ao pleito.


Mas um ponto segue sem consenso com as empresas: as metas abusivas durante a pandemia, aponta o diretor de Saúde do Sindicato dos Bancários da Bahia, Célio Pereira. Bancários diariamente reclamam, se sentem sobrecarregados, e alguns têm adoecido pela pressão. Os bancos negam e fingem em não ver trabalhadores sobrecarregados somente para enriquecer os cofres dos banqueiros.