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Ministro da Saúde recebeu pedido de prioridade de vacinação para bancários e bancárias

Na terça-feira (15/06), os presidentes da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, e do Sindicato da Bahia Hermelino Neto e e Augusto Vasconcelos, respectivamente, têm uma série de encontros em Brasília.

 

Em reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta sexta-feira (11/06), o Comando Nacional dos Bancários voltou a cobrar a inclusão da categoria no grupo prioritário. A reunião presencial contou ainda com o presidente da Federação Nacional dos Bancos, Isaac Sidney Menezes (Fenaban). Do Comando estavam Juvandia Moreira e Ivone Silva, presidentas da Contraf e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, respectivamente.

O Comando dos Bancários entregou um novo um ofício ao ministro com dados preocupantes. Apresentou também um relatório do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que revela que a média de desligamentos por morte na categoria pulou de 18,3 óbitos/mês no primeiro trimestre de 2020 para 50,6 óbitos/mês no primeiro trimestre de 2021. Embora não especifique as causas das mortes, a pandemia tem relação direta com a explosão de óbitos.

Diante das evidências, Marcelo Queiroga se comprometeu em levar a reivindicação à equipe técnica do PNI.

Ainda dessa mobilização, na terça-feira (15/06), os presidentes do Sindicato da Bahia e da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Augusto Vasconcelos, e Hermelino Neto, respectivamente, têm uma série de encontros em Brasília. Também está agendado debates com parlamentares no Congresso Nacional e com o Ministério Público do Trabalho. 

Mobilização em Sergipe

A diretoria do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) festeja as últimas tratativas em Brasília e mantém os contatos com Câmaras de Vereadores e prefeituras  sergipanas.

Na campanha “Bancári@s pedem socorro”, o SEEB/SE realizou uma agenda com atos, carreta, mobilização nas redes sociais, e ainda a deflagração e a suspensão da paralisação de 24h. O último ato foi realizado no dia 08/06 em frente ao Centro Administrativo da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), para pedir a inclusão da categoria no plano municipal de vacinação.

A manifestação na PMA aconteceu no mesmo dia em que se realizaria a paralisação de 24h. A greve foi suspensa, após os sindicatos da categoria conquistarem da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) o agendamento de reunião com o governo federal para discutir a entrada da categoria entre os grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização (PNI)

Ofícios, pareceres e dados do Dieese

O Comando Nacional dos Bancários entregou ofícios e pareceres médicos e técnicos que mostram porque categoria deve ser incluída entre as prioridades no Plano Nacional de Imunização para a Covid-19.

O parecer médico aponta as características do trabalho bancário na agência, que é um ambiente de trabalho fechado, sem ventilação natural, por não haver possibilidade de as portas permanecerem abertas por conta da segurança. Assim, as agências se transformaram em um vetor risco para as milhões de pessoas que precisam ser atendidas por este serviço essencial para a população e que, por isso, em nenhum momento pôde permanecer fechado durante a pandemia.

Em um trecho do ofício, as lideranças sindicais ressaltaram que a atividade bancária é considerada essencial nos termos do Decreto n° 10.282 de 20 de março de 2020, alterado pelo Decreto n° 10.329 de 28 de abril de 2020, que regulamenta a Lei n° 13.979 de 6 de fevereiro de 2020. Portanto, “preservar vidas é uma luta de todos dentro de suas esferas de competência e reduzir a transmissão do novo coronavírus com medidas preventivas é essencial”, diz outro trecho.

Destacaram ainda que “a categoria bancária se notabiliza pela grande exposição aos riscos de contágio nas agências e que já foram registrados inúmeros casos de adoecimento, de afastamento do trabalho, internações hospitalares e de óbitos na categoria e, além disso, os bancários podem, sem saber, transmitir o vírus para os clientes que necessitam do serviço e para seus familiares.

O documento ressalta que a “concentração de clientes e usuários nos ambientes internos e externos das agências bancárias tem crescido, com ênfase pela busca dos serviços por parte de pensionistas e aposentados da previdência social, que têm necessidade de apoio com atendimento presencial, daqueles que buscam os bancos para renegociações de dívidas ou para inscrição em programas de apoio às empresas e, majoritariamente aos mais de 67 milhões de beneficiados pelo recebimento das parcelas do Auxílio Emergencial.”

Dados do Dieese: Aumento de mortes

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostram que a categoria bancária registrou um crescente número de encerramento de contratos de trabalho por morte, seguindo uma tendência similar aos casos de óbitos desde o início da pandemia do novo coronavírus.

 

No primeiro trimestre de 2020 o impacto da pandemia do novo coronavírus foi quase nulo, com uma média mensal de óbitos de 18,33 vidas. Já no mesmo período deste ano (2021), com o agravamento da pandemia no país, a média mensal de óbitos se elevou para 52 vidas, com crescimento de 176,4%.

 

Veja também: DESLIGAMENTOS POR MORTE DE ‘CELETISTAS’ CRESCEM 71,6% NO 1º TRI DE 2021, MOSTRA DIEESE:https://www.bancariose.com.br/conteudo/23480/desligamentos-por-morte-de-celetistas-crescem-no-tri-de-mostra-dieese

A situação é semelhante em relação aos empregados e empregadas na segurança privada nos bancos, com destaque aos envolvidos no transporte de valores em veículos blindados, também os (as) trabalhadores (as) das redes de farmácias que aplicam os testes rápidos de Covid-19, os (as) servidores (as) de cemitérios, os (as) servidores (as) da limpeza urbana, dentre outras categorias.

C/ FONTE: Contraf, Dieese e Sindicato dos Bancários da Bahia