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Sindicato dos Bancários e CTB se preparam para defender o BB e seus funcionários
Em Sergipe, reestruturação prever o fim de três agências na capital e duas no interior
O repentino anúncio da reestruturação arquitetada pelo presidente Temer para o Banco do Brasil (BB) promove um misto de intranquilidade e indignação entre funcionários, democratas e progressistas. A presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira, reuniu a Diretoria e convidou para o debate o representante do Dieese, Luis Moura. Em Sergipe, estão na lista do golpista três agências na capital (17 Aracaju; 2961 Santo Antônio e a 3088, Desembargador Maynard. No interior, estão na lista as agências localizadas nas cidades de Itabaiana (8080) e Moita Bonita (2312)
“Estamos nos preparando para defender o banco público, o emprego e a saúde dos funcionários do BB. Ao mesmo tempo, buscamos informações mais detalhadas para, inclusive, orientar os funcionários sobre a adesão ao plano de aposentadoria e redução da jornada. Porém, estamos em a, em especial quanto à situação de bancárias e bancários que terão suas unidades reduzidas ou fechadas”, afirma Ivânia Pereira.
Fim de agências e redução de funcionários
A grande reestruturação no BB foi anunciada no domingo (20), em comunicado à imprensa e ao mercado. Sem apresentar aos representantes dos funcionários, a reestruturação envolve corte de agências e redução do quadro de funcionários. O BB reduzirá sua estrutura em todas as áreas, principalmente na rede de agências.
O plano prever a transformação de 379 agências em postos de atendimento e fechamento de 402. Pretende cortar R$ 750 milhões de gastos do banco, sendo R$ 450 milhões com a nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões com redução de despesas com transporte de valores, segurança e imóveis.
O banco também comunicou um Plano de Aposentadoria Incentivada (PEAI), de adesão voluntária até 9 de dezembro de 2016, com incentivo aos funcionários que reúnam condições para se aposentar. O público alvo é de 18 mil funcionários. Para incentivar a adesão, o banco oferecerá valor correspondente a 12 salários, além de indenização por tempo de serviço, que varia de 1 a 3 salários, dependendo do tempo de empresa. Além dos cortes de dotação de pessoas e plano de aposentadoria, o BB também anunciou a ampliação do público alvo da jornada de 6 horas, estendendo a opção aos assessores de todas unidades.
Entidades sindicais exigem garantias e direitos
As entidades sindicais com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (BB) tiveram a primeira reunião com a direção do BB, nessa terça (22). Uma tentativa de abrir um canal de negociação efetiva quanto aos impactos das medidas anunciadas.
Apesar de tão significativo e que afeta tantos funcionários de uma só vez, os representantes dos trabalhadores receberam a notícia da reestruturação pela imprensa nacional.
“O golpista Temer deseja continuar as ações neoliberais do governo FHC. Retomou a política de arrocho fiscal, precarização do trabalho e o projeto de privatizações sem limites, com o desmonte das estatais. O alvo agora é o BB. Não vamos ficar inertes a qualquer projeto que tente destruir a política de valorização do BB e de seus funcionários”, afirma Ivânia Pereira.
Por Déa Jacobina. Ascom SEEB/SE