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Sindicato dos Bancários presente no Dia de Luta em Defesa da Aposentadoria

Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) participaram da Assembleia da Classe Trabalhadora em Defesa da Aposentadoria e da Previdência Pública, do dia 20.02. Em Aracaju, o ato aconteceu na Praça General Valadão e foi organizada pelas centrais sindicais (CTB, CUT, UGT e Conlutas). Contou ainda com as presenças de militantes sociais e lideranças de diversas categorias de trabalhadores.  

O ‘Dia 20’ foi marcado como o primeiro grande ato nacional organizado de oposição à reforma da Previdência proposto pelo governo Jair Bolsonaro. Nesse mesmo dia, o governo entregou oficialmente a Proposta de Emenda Constitucional da Reforma da Previdência à Câmara Federal.

No ato em Aracaju, as lideranças sindicais afirmaram que seguirão as orientações das centrais nacionais para ajudar a conscientizar população sobre os perigos dessa PEC, a qual levará à extinção da aposentadoria e à privatização da Previdência Social. “Vamos continuar realizando a jornada de mobilização para ampliarmos a participação popular com possibilidades de deflagração de greve geral”, afirmou o presidente estadual da CTB, Adêniton Santana. Da comitiva do SEEB/SE presente na manifestação,além de Adêniton Santana (diretor de Saúde), também falaram no ato Luiz Dantas, o Luizão (diretor de Administração), e Adilson Azevedo (diretor de Esporte).   

Saiba Mais

A PEC da dupla GuedesxBolsonaro é bem pior do que a do governo golpista liderado por Temer, que foi reprovada pelo povo e acabou não sendo votada no Parlamento. Nenhum trabalhador poderá se aposentar antes de completar 65 anos ou 62 anos, no caso das mulheres e a idade mínima. A aposentadoria por tempo de contribuição acaba, mas a o tempo de contribuição mínima para que o trabalhador, independentemente da idade, tenha acesso ao direito será elevado de 15 para 25 anos e ele terá de pagar por pelo menos 40 anos para conseguir 100% do valor da aposentadoria. Serão introduzidas novas restrições e dificuldades que tendem a inviabilizar o acesso à aposentadoria para a maioria da classe trabalhadora, tendo em conta a alta rotatividade do mercado de trabalho brasileiro. Ao longo do tempo, com a imposição concomitante do modelo de capitalização e da carteira de trabalho verde e amarelo (à margem dos direitos previstos na CLT e mesmo na Constituição), a aposentadoria pública, tal qual existe hoje, será extinta e todo o sistema previdenciário estará privatizado.

Reforma da Previdência de Bolsonaro: ataque aos trabalhadores e manutenção de privilégios!

???? Cria uma idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres;

???? Aumenta a exigência sobre o tempo de contribuição. Para ter direito a aposentadoria integral será necessário contribuir 40 anos;

???? Estabelece a idade mínima de 60 anos para professores se aposentarem. Para professoras, além da idade mínima de 60 anos, aumenta o tempo de contribuição de 25 para 30 anos;

???? Aumenta o tempo de contribuição dos trabalhadores rurais de 15 para 20 anos e eleva a idade mínima das trabalhadoras rurais de 55 para 60 anos;

???? Retira o abono do PIS/PASEP (um salário mínimo por ano) das pessoas que recebem até dois salários mínimos. Na nova proposta o abono é exclusividade de quem recebe apenas um salário mínimo;

???? Eleva em 5 anos a idade necessária para idosos, sem condições de sustento, receberem o Benefício de Prestação Continuada (um salário mínimo). Entre os 60 e os 70 anos, o idoso receberá apenas R$ 400;

????Reduz a aposentadoria por invalidez de 100% da média salarial para 60%, para quem contribuiu por 20 anos; 

????Aumenta a alíquota de contribuição para os funcionários públicos, em no mínimo 14%, em Estados que alegam déficit financeiro;

????Nenhuma mudança proposta para a aposentadoria de militares até agora.

Retomada da luta

As lideranças sindicais afirmam que a aprovação da proposta não pode ser considerada favas contadas. Isso porque, o quadro no Congresso Nacional não é tão favorável à reforma como pretendem seus defensores.

Ou seja, a saída do texto do Planalto em direção ao Congresso dará início sim a uma disputa insana, o governo tentará fazer novas concessões com os parlamentares na disputa pelos 308 votos necessários para aprovar a PEC.

Na resistência, as centrais se organizam para ampliar a participação popular nos protestos. A luta só está recomeçando!