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Como estão distribuídos os empregos formais no Brasil
POR: Marcelo Roubicek, 23 de dez de 2019(atualizado 31/12/19 às 11h17)
Quase 100 mil novas vagas com carteira foram criadas em novembro, segundo o Caged. Veja as regiões, estados e setores que mais contrataram
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Carteira de Trabalho é a garantia da formalização do emprego no Brasil
Quase 100 mil vagas formais de emprego foram criadas no Brasil em novembro de 2019, segundo dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, ligado ao Ministério da Economia) na quinta-feira (19). O número foi o melhor saldo para o mês desde 2010, quando foram gerados pouco mais de 138 mil postos de trabalho formais, e representou quase o dobro do que era esperado pelo mercado.
99.232 foi o saldo de vagas formais em novembro de 2019
Quase 100 mil vagas formais de emprego foram criadas no Brasil em novembro de 2019, segundo dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, ligado ao Ministério da Economia) na quinta-feira (19). O número foi o melhor saldo para o mês desde 2010, quando foram gerados pouco mais de 138 mil postos de trabalho formais, e representou quase o dobro do que era esperado pelo mercado.
99.232 foi o saldo de vagas formais em novembro de 2019
EMPREGO EM NOVEMBRO, POR ANO
Olhando para 2019 como um todo, o país criou quase 950 mil vagas formais nos primeiros onze meses do ano. O número representou um aumento de 2,47% no total de empregos formais, quando comparado com o final de 2018.
948.344 foi o saldo de vagas formais entre janeiro e novembro de 2019
39,36 milhões era o número de postos formais de emprego em 30 de novembro de 2019
948.344 foi o saldo de vagas formais entre janeiro e novembro de 2019
39,36 milhões era o número de postos formais de emprego em 30 de novembro de 2019
De todas as vagas criadas em novembro, mais de 11 mil foram de trabalho intermitente, categoria criada pela reforma trabalhista de 2017. Já os postos de trabalho parcial, também criados com a reforma, cresceram em pouco mais de 2 mil. O restante das vagas englobadas pelo Caged são aquelas tradicionais de carteira assinada
A tendência, entretanto, é que haja um recuo nas vagas formais em dezembro. Isso porque funcionários que foram contratados temporariamente por fábricas para produzir mercadorias que serão vendidas no Natal devem ser dispensados.
Os dados do Caged não são referentes ao total de pessoas empregadas no Brasil. Isso porque eles não incluem as pessoas que trabalham informalmente. Os dados de desemprego divulgados trimestralmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) levam em conta tanto os postos de trabalho formais quanto informais.
A tendência, entretanto, é que haja um recuo nas vagas formais em dezembro. Isso porque funcionários que foram contratados temporariamente por fábricas para produzir mercadorias que serão vendidas no Natal devem ser dispensados.
Os dados do Caged não são referentes ao total de pessoas empregadas no Brasil. Isso porque eles não incluem as pessoas que trabalham informalmente. Os dados de desemprego divulgados trimestralmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) levam em conta tanto os postos de trabalho formais quanto informais.
O quadro regional
O Sudeste respondeu por mais da metade das vagas criadas, com 51 mil novos postos com carteira registrada. Apenas o Centro-Oeste perdeu vagas formais em novembro de 2019.
POR REGIÃO
O Sudeste respondeu por mais da metade das vagas criadas, com 51 mil novos postos com carteira registrada. Apenas o Centro-Oeste perdeu vagas formais em novembro de 2019.
POR REGIÃO
No acumulado do ano – entre janeiro e novembro de 2019 –, o Sudeste criou praticamente metade das novas vagas. Foram 472 mil postos formais gerados na região nos primeiros onze meses do ano; no Norte, esse número foi de 45 mil postos de trabalho.
ACUMULADO DO ANO
ACUMULADO DO ANO
O emprego formal nos estados em 2019
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já havia mostrado em uma pesquisa divulgada em 19 de novembro que os estados brasileiros têm situações diferentes de desemprego. Esse quadro inclui tanto vagas formais como informais. Segundo aquele levantamento, boa parte dos estados do Nordeste apresentavam taxa de desemprego maior que o restante do país.
Segundo os novos dados do Caged, todos os estados do país tiveram um aumento no número de vagas formais no acumulado de 2019 até novembro. Em relação ao último recorte de 2018, nenhuma unidade federativa teve redução nos postos formais de trabalho. Mas alguns estados criaram mais vagas com registro na carteira.
Três estados se destacaram na criação de novos postos registrados nos primeiros onze meses de 2019: Santa Catarina – que é também o estado com menor desemprego no país –, Mato Grosso e Roraima. Nesses locais, as vagas formais cresceram mais de 4% em relação ao final de 2018.
Alagoas e Rio de Janeiro foram os estados onde o avanço do emprego formal foi maior. Nessas duas unidades, a formalidade cresceu abaixo de 1% no acumulado de janeiro a novembro.
O QUADRO ESTADUAL
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já havia mostrado em uma pesquisa divulgada em 19 de novembro que os estados brasileiros têm situações diferentes de desemprego. Esse quadro inclui tanto vagas formais como informais. Segundo aquele levantamento, boa parte dos estados do Nordeste apresentavam taxa de desemprego maior que o restante do país.
Segundo os novos dados do Caged, todos os estados do país tiveram um aumento no número de vagas formais no acumulado de 2019 até novembro. Em relação ao último recorte de 2018, nenhuma unidade federativa teve redução nos postos formais de trabalho. Mas alguns estados criaram mais vagas com registro na carteira.
Três estados se destacaram na criação de novos postos registrados nos primeiros onze meses de 2019: Santa Catarina – que é também o estado com menor desemprego no país –, Mato Grosso e Roraima. Nesses locais, as vagas formais cresceram mais de 4% em relação ao final de 2018.
Alagoas e Rio de Janeiro foram os estados onde o avanço do emprego formal foi maior. Nessas duas unidades, a formalidade cresceu abaixo de 1% no acumulado de janeiro a novembro.
O QUADRO ESTADUAL
A formalidade por setor
O saldo de quase 100 mil vagas formais criadas em novembro de 2019 não surgiu de forma proporcional em cada setor da economia. A maioria dos setores, aliás, teve resultado negativo na criação de empregos formais.
Segundo os números do Caged, apenas os segmentos de comércio, serviços e serviços industriais de utilidade pública contrataram mais funcionários do que desligaram. Serviços industriais de utilidade pública são aqueles que lidam com infraestrutura, como água, energia elétrica e esgoto.
COMÉRCIO EM ALTA
O saldo de quase 100 mil vagas formais criadas em novembro de 2019 não surgiu de forma proporcional em cada setor da economia. A maioria dos setores, aliás, teve resultado negativo na criação de empregos formais.
Segundo os números do Caged, apenas os segmentos de comércio, serviços e serviços industriais de utilidade pública contrataram mais funcionários do que desligaram. Serviços industriais de utilidade pública são aqueles que lidam com infraestrutura, como água, energia elétrica e esgoto.
COMÉRCIO EM ALTA
Se comércio e serviços geraram, juntos, mais de 150 mil vagas formais no mês de novembro, esse saldo positivo foi parcialmente compensado pelas perdas de empregos registrados nos setores da indústria de transformação, agropecuária e construção civil.
Olhando para o desempenho no acumulado do ano, o setor de serviços foi responsável por mais da metade dos postos registrados no país até novembro, chegando a quase 500 mil. Já o setor extrativo de minérios e os serviços industriais de utilidade pública tiveram os desempenhos mais fracos, em termos absolutos.
NÚMEROS ABSOLUTOS
Olhando para o desempenho no acumulado do ano, o setor de serviços foi responsável por mais da metade dos postos registrados no país até novembro, chegando a quase 500 mil. Já o setor extrativo de minérios e os serviços industriais de utilidade pública tiveram os desempenhos mais fracos, em termos absolutos.
NÚMEROS ABSOLUTOS
Mas, sob a ótica do crescimento relativo, os resultados são um pouco diferentes. Isso porque essa comparação é feita dentro de um próprio setor. Se um setor tem menos vagas normalmente, um número baixo de vagas criadas não necessariamente é um mau resultado.
Os números de crescimento relativo mostram que, mesmo tendo gerado pouco menos de 120 mil vagas formais, o setor de construção civil foi onde houve maior avanço da formalidade. Os postos registrados cresceram quase 6% entre janeiro e novembro, quando comparado com o final de 2018.
Já o comércio foi o setor com menor crescimento, tendo avançado apenas 1,37% no acumulado dos primeiros onze meses de 2019.
Os números de crescimento relativo mostram que, mesmo tendo gerado pouco menos de 120 mil vagas formais, o setor de construção civil foi onde houve maior avanço da formalidade. Os postos registrados cresceram quase 6% entre janeiro e novembro, quando comparado com o final de 2018.
Já o comércio foi o setor com menor crescimento, tendo avançado apenas 1,37% no acumulado dos primeiros onze meses de 2019.