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NOTA DE PESAR | Morre ex-vereador paulista e militante sindical Vital Nolasco
Nolasco é autor da lei que criou o “passe livre” para trabalhadores desempregados. Com mandato popular na Câmra de Vereadores de São Paulo ele realizou uma memorável homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, que veio especialmente a São Paulo e participou da sessão solene
O Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) envia Votos de Pesar à Direção do PCdoB pelo falecimento nesta quarta-feira (19/1) do dirigente Vital Nolasco, operário aposentado e ex-vereador, faleceu aos 75 anos, no Hospital Samaritano, onde estava internado havia 14 dias para tratar de uma fibrose pulmonar. Vital será velado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, no bairro da Liberdade. A pedido de Nolasco, o corpo será cremado.
Pelas redes sociais o PC do B de São Paulo emitiu nota com informações sobre a vida do sindicalista. Veja abaixo:
Nascido em Belo Horizonte (MG), em 1946, Eustáquio Vital Nolasco iniciou sua militância na Juventude Operária Católica (JOC), integrando a resistência ao criminoso regime militar (1964-1985). Em 1968, participou da histórica greve dos metalúrgicos de Contagem – uma das primeiras no Brasil a denunciarem a ditadura.
Com seu nome “fichado” pelos órgãos de repressão, deslocou-se para São Paulo. Mesmo assim, foi preso e barbaramente torturado. Da JOC, Vital passou para a Ação Popular (AP) e, em 1972, para o PCdoB - Partido Comunista do Brasil, ainda clandestinamente. Ajudou o Movimento contra a Carestia e depois retomou a atividade fabril. Foi da oposição e, depois, da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi.
Graças, sobretudo, ao voto de operários e de outras categorias, foi vereador de São Paulo por dois mandatos (1989-1996). É de sua autoria a lei que criou o “passe livre” para trabalhadores desempregados. O mandato também realizou uma memorável homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, que veio especialmente a São Paulo e participou da sessão solene.
Aposentado das fábricas, exerceu diversas tarefas partidárias. Foi presidente do PCdoB São Paulo (1997), secretário nacional de Movimentos Sociais (1997-2003) e, depois, de Finanças do PCdoB (2003-2013), além de secretário municipal de Movimento Sindical (2015-2021). Em 2016, foi lançada sua biografia, "Vale a Pena Lutar – Minha Vida na Ação Popular (AP) e no Partido Comunista do Brasil (PCdoB)". O livro foi narrado por Vital e organizado pelo jornalista Osvaldo Bertolino.
Vital foi um desses comunistas que influenciaram gerações pela abnegação, pelo exemplo e pela fidelidade às lutas da classe trabalhadora. A memória e trajetória dele inspiram aqueles que lutam pela emancipação dos trabalhadores, pelas causas democráticas e patrióticas e pelo socialismo.