Notícias

Caixa: Sindicato cobra retomada das negociações para caixas e tesoureiros

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu na última terça-feira (21) para discutir temas de grande interesse das empregadas e empregados do banco. Um dos principais pontos da pauta foi a negociação pendente desde a Campanha Nacional dos Bancários de 2024, que envolve questões específicas das funções de caixas e tesoureiros, ainda sem solução definitiva.

O acordo firmado previa que as negociações seriam concluídas em até 50 dias após a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), mas a Caixa tem dificultado o avanço das tratativas ao insistir em uma proposta de redação que não deixa claro que o acordo deve apenas prevenir litígios futuros. A redação atual permitiria que o banco utilizasse o acordo para disputas judiciais já em andamento, o que contraria o que foi negociado durante a campanha salarial.

“O que negociamos é que as novas regras valeriam daqui para frente, sem afetar processos já ajuizados. No entanto, a Caixa insiste em uma proposta que pode prejudicar aqueles que já recorreram à Justiça para garantir seus direitos”, explicou Rafael de Castro, coordenador da CEE/Caixa.

A comissão reforça a necessidade de uma retomada urgente da mesa de negociações, mas com uma proposta que respeite os direitos dos empregados, assegure novas nomeações e ponha fim à prática da função por minuto, que precariza o trabalho desses profissionais.

Nomeações são essenciais

Segundo Eliana Brasil, secretária de Formação da Contraf-CUT e representante na CEE, a Caixa precisa retomar as nomeações efetivas para evitar novos passivos trabalhistas e garantir direitos específicos da função. “Se há empregados cumprindo essas tarefas sem nomeação formal, é evidente a necessidade de mais pessoas nesses cargos”, destacou. “Mas essas novas nomeações não podem estar condicionadas à retirada de direitos dos atuais ocupantes das funções. Não podemos ‘descobrir um santo para cobrir o outro’”, completou.

O futuro da função na Caixa

Outro ponto de destaque na reunião foi o impacto das transformações tecnológicas no papel dos caixas e tesoureiros. Rafael de Castro alertou que, apesar dos avanços digitais, grande parte dos clientes da Caixa ainda enfrenta dificuldades no acesso à tecnologia, o que exige a manutenção das agências físicas e do atendimento humanizado. “A quantidade de golpes financeiros sofridos pelos brasileiros demonstra a necessidade de um atendimento presencial, com respeito e dignidade”, afirmou.

O Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) reforça seu compromisso em acompanhar de perto as negociações e manter os empregados informados sobre os desdobramentos dessa importante pauta.

Acompanhe nossas redes sociais e o site do SEEB/SE para mais atualizações sobre as negociações com a Caixa.

Fonte:
https://contrafcut.com.br/