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Audiência em Aracaju reforça luta pela manutenção das empresas e bancos públicos

Transmitida ao vivo pela TV da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), nesta sexta-feira (6), a Audiência Pública ‘Em defesa dos bancos e empresas públicas’ reuniu em Aracaju representantes nacionais da categoria bancária. O evento foi iniciativa do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), com o apoio do gabinete do deputado Luciano Pimentel (PSB).

A presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira garantiu que a batalha pela preservação das instituições públicas, em especial dos bancos públicos, será aquecida durante todo o mês de outubro. Luciano Pimentel se colocou à disposição da luta local para impedir o fechamento de agências de bancos públicos, porque do contrário ‘significará restrição do desenvolvimento e fragilizará a econômica das pequenas cidades sergipanas’.

Debate histórico

Sindicalistas e bancários consideraram o debate dessa audiência como qualificado e histórico, que contou com as intervenções das lideranças nacionais das seguintes entidades: Emanoel Souza de Jesus (presidente Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe); Sérgio Hiroshi Takemoto (Secretário de Finanças da Contraf/CUT e vice- Presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e Rita Josina Feitosa da Silva, presidenta da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (AFBNB).  Nessa mesa também estavam Adêniton Santana Santos, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/SE) e João Ricardo Ramos Coutinho _ presidente da Associação de Gestores da Caixa (Agecef/Se) e  Luiz Moura do Dieese/SE.

A matéria publicada na tarde desta sexta-feira, no Portal da Alese, destacou depoimento do diretor de Comunicação do SEEB-SE,  funcionário da Caixa Econômica Federal, Cláudio Cerqueira,  destacou  o fundamental  papel das  empresas públicas para o país, e  em especial, dos bancos públicos. “Seguindo o  modelo econômico neoliberal , o direcionamento dado pelo governo federal  é de privatizar tudo o que puderem privatizar,  inclusive  a Casa da Moeda. E se estão querendo privatizar a Casa da Moeda, imagine demais bancos públicos. Nós precisamos nos levantar enquanto sociedade, para resistir  a esse processo  generalizado que o governo pretende fazer. Em 2008, diante de grande crise econômica, quem segurou o país foram os bancos públicos, enquanto os bancos privados retiraram seus financiamentos. Somente bancos públicos seguraram a Economia naquele momento. Se não houvesse os bancos públicos, talvez o Brasil mergulhasse numa crise sem precedentes no ano de 2008.  O que estamos assistindo é que está ocorrendo um desmonte aos bancos públicos, com reestruturações, e todas elas voltadas para prepará-los para a privatização. As empresa públicas, os bancos públicos são importantes para os brasileiros, e para o nosso país”,  defende Cláudio Cerqueira. 

Veja outros trechos da matéria da Alese:  “A privatização faz parte de um desmonte das empresas públicas do pais. ” Precisamos  observar que o que está em curso no Brasil é uma ameaça aos bancos públicos, é uma ameaça ao Estado nacional, à Economia Nacional. Não só dos bancos, mas das industrias, e dos serviços públicos. É uma retirada do Estado Nacional que vai atacar a mesa dos brasileiros,   e para reagir  a essa ameaça tão veloz, o que as centrais sindicais estão propondo é  uma luta unificada”, assegurou a presidente do SEEB-SE, Ivânia Pereira. 

Na   exposição de Sergio  Hiroshi Takemoto, da Associação Nacional de Pessoal da Caixa, o apontamento de que os bancos públicos são essenciais e que concentram-se no interior das capitais, com atendimentos ao público de serviços essenciais. “A concentração dos bancos privados ocorrem nas capitais do país. No Estado de Sergipe, não é diferente. Notório que visam o lucro e  não a sociedade, os  serviços necessários da população. Das 40 agências  de Bancos Privados em Sergipe, diante dos 75 municípios,  21 agências desses bancos estão em Aracaju, deixando deficiência nos municípios”, apontou Sérgio  Takemoto, os dados.

Por Déa Jacobina Ascom SEEB/SE

C/ Fonte da Agência de Notícias Alese