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Santander lucra R$ 3,9 bi e demite mais de 2 mil

 

Sem se abalar por conta da crise causada pela pandemia de Covid-19, o lucro do Santander Brasil foi de R$ 3,902 bilhões no terceiro trimestre de 2020. Alta de 82,7% em relação ao trimestre anterior. Mesmo assim, o banco espanhol demitiu 2.045 bancários entre o início de abril e o fim de setembro e fechou 91 agências, seguindo a lógica dos demais privados. 


A empresa tem lucratividade exorbitante no país e não pode reclamar do trabalho dos empregados brasileiros. Obteve expansão de 3,8% da carteira de crédito na mesma base de comparação, para R$ 397,3 bilhões, enquanto o retorno (ROE) subiu para 21,2% no terceiro trimestre. Saiu de 12% nos três meses anteriores. 


Enquanto isso, os funcionários ficam apreensivos com o fantasma da demissão em massa, ambiente de trabalho péssimo, imposição de metas absurdas. Para lucrar ainda mais, o Santander coloca gestantes para vender e expõe funcionários para visitas em plena pandemia.


Resultado do empenho dos bancários, os ativos totais do banco chegaram a R$ 982,2 bilhões ao final de setembro de 2020. Uma expansão de 17,1% em relação a igual trimestre de 2019. O patrimônio líquido alcançou R$ 76,7 bilhões no mesmo período e as receitas totalizaram R$ 52,038 bilhões nos nove meses de 2020 (+5,7% em 12 meses). 


O Santander quebra acordo com os sindicatos e demite milhares de pais e mães de família durante a crise sanitária, mas tem R$ 850 milhões para distribuir com os acionistas. Porta da rua para os bancários e cofre cheio para o alto escalão.