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Encontro Estadual promove debates específicos sobre o Banese: lucro, Conad, Corin, Casse e o Clube dos Baneseanos

Encontro possibilitou um rico debate sobre o balanço financeiro e temas relativos aos órgãos da estrutura administrativa e de assistência do banco estadual

 

Durante a programação online dos encontros específicos por banco na 23ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, o Encontro Estadual dos Funcionários e Funcionárias do Banco do Estado e Sergipe (Banese) foi realizado nesse sábado (31/07). O encontro específico do Banese foi coordenado pela presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Ivânia Pereira.   

O evento virtual promoveu um rico debate sobre o balanço financeiro do Banese e temas relativos aos órgãos da estrutura administrativa e de assistência do Banese. Os delegados e delegadas tiveram a oportunidade de obter informações detalhadas dos representantes dos empregados e empregadas do Banese que atuam em cargos da instituição.  

Como palestrantes, estavam no Encontro Estadual o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Luiz Moura; representante dos funcionários no Conselho de Administração (Conad/Banese), Luiz Alves, o Lula; representante do SEEB/SE no Comitê de Resposta a Incidentes (CORIN/Banese), Halim Benedito Mauad Filho; diretora de Promoção à Saúde e Relacionamento com Associados (Casse/Banese), Maria Elizabeth Sousa e o presidente do Clube dos Banesenos, Murilo Bezerra.

 

Lucro crescente do Banese

Luiz Moura apresentou em slides uma análise de resultado do primeiro trimestre de 2021 do Banese, comparado ao primeiro trimestre de 2020. O economista destacou que os ativos totais, operações de crédito, capitação, lucro e patrimônio do Banese têm crescido ao longo dos últimos anos.

“Os números mostram que o banco apesar da crise, da pandemia, da paralisia da economia, teve um lucro R$ 23 milhões de reais, um crescimento de 43% em relação com o mesmo período do ano passado. Isso mostra que o esforço dos trabalhadores do Banese foi o que permitiu o aumento desse lucro. Os baneseanos estão de parabéns: o Banese só tem a solidez que tem graça a atuação desses trabalhadores”, destacou o economista.  

 

Informes do conselheiro do Conad

No Conad, Luiz Alves afirmou que tem enviado de forma regular informes para os colegas (aposentados e da ativa) sobre as reuniões do Conselho: “após cada reunião, faço um resumo e envio para os colegas através do e-mail coorporativo do banco. Com base nesses envios, respondo algum questionamento. Nessas mensagens, fico atento para o que pode ou não ser divulgado, para não ir de encontro com a ‘política de atos e fatos relevantes’ do banco”.

Quanto aos números apresentados pelo Dieese, Luiz Alves também ressaltou a evolução positiva dos indicadores do Banese, nos últimos anos. “Nas reuniões do Conad, quando a direção nos apresenta os números de cada mês, temos observado que entre o que está previsto e o que está sendo realizado, em geral o realizado tem sido maior do que o que foi projetado em vários indicadores. No mês de abril deste ano, por exemplo, o banco superou o montante de Ativos Totais, que ultrapassou a cifra de R$ 7 bilhões de reais. E no mês de maio, o montante de Operação de Crédito ultrapassou R$ 3 bilhões de reais”, reforçou o conselheiro.

O conselheiro também destacou a liderança do Banese no mercado sergipano, quando comparado com as outras instituições financeiras públicas e privadas. “O banco estadual é líder nas áreas de crédito comercial, 37,1%; em depósitos totais a prazo estamos 40,6% e na capitação total,  33,1%”, frisou.

Luiz Alves também informou sobre os dois últimos comunicados e fatos relevantes divulgados pelo Banese na relação com os investidores: 1°) o comunicado sobre a operação de letras financeiras subordinadas com o Sergus, o que possibilitou a recuperação do índice de Basileia do banco, que analisa a capacidade dos bancos em honrar seus compromissos financeiros com seus recursos próprios e 2°) o comunicado sobre o processo competitivo relativo à reestruturação da Corretora de Seguros do Banese.

 

Medidas protetivas à Covid/Corin

Fruto das medidas relativas à Covid-19 e em face das exigências do movimento sindical e do Plano de Retorno da Atividade Econômica, o Banese criou o Comitê de Resposta a Incidentes (CORIN/Banese), que prevê adequação dos ambientes e outras medidas para o retorno de baneseanos (as) aos locais de trabalho daqueles (as) que estão em teletrabalho ou em regime de Home Office.

Em Sergipe, o representante do SEEB/SE no Corin, Halim Benedito Mauad Filho mantém firme a posição de defender medidas protetivas para garantir a saúde e segurança dos (as) baneseanos (as), quanto à preparação realizada nos ambientes de trabalho e ainda sobre o acompanhamento desse retorno. No Banese, desde março, mais de 300 baneseanos e baneseanas foram redirecionados para o regime de adesão ao teletrabalho. Outros estão em Home Office, a partir da propagação da pandemia, principalmente aqueles do grupo de risco.

No Encontro Estadual do Banese, Halim fez um breve informe sobre a atuação dele no Corin e destacou a importância da Pesquisa sobre as Sequelas da Covid-19, que será apresentada durante a 23ª Conferência Nacional dos Bancários. A pesquisa questiona aos (as) bancários (as) já acometidos (as) pela doença sobre sintomas e outros efeitos que tenham permanecido após a cura.  Visa mapear e dar elementos para pensar a política de saúde para a categoria e para fazer negociação com os bancos.

“É também importante que aqueles que testaram positivo abram o formulário de Certificação de Acidente de Trabalho (CAT). Esse documento tem como finalidade informar à Previdência Social sobre o ocorrido, para assegurar direitos. A contaminação que acontece em ambientes de trabalho precisa ser registrada como doença ocupacional, trata-se de segurança jurídica em casos de demissões arbitrárias”, alertou.   

Hoje o Corin é composto de 16 pessoas (gerente de área e superintendentes). “O meu primeiro impacto no Corin foi verificar a ausência de alguém de agências nesse Comitê: como analisar os riscos nas agências sem essa representação”, questionou Halim que festejou a inserção de gerente regional no Corin.

Dos debates enfrentados no Comitê, Halim se opôs a retomada ao trabalho presencial de funcionários (as) afastados (as) que pertencem a grupos de risco, sem o parecer de infectologista. Também fez oposição a opinião de que os funcionários do CAB estavam submetidos aos mesmos riscos daqueles lotados em agências. Também pediu que a desinfecção das agências com registro de casos de Covid fosse feito por empresas especializadas e ainda se opôs a retirada de terceirizados que organizam as filas nas agências. De ofícios encaminhados ao Corin, Halim também registrou a necessidade da dupla testagem, após 72 horas, em casos de funcionários com teste positivo para Covid.

Importância do Sindicato

No encerramento do Encontro Estadual, Ivânia Pereira também destacou que desde o início da pandemia, o movimento sindical propôs e exigiu às instituições financeiras medidas para proteger a categoria bancária e a sociedade em geral. Diante das pressões dos sindicatos e constantes negociações, os bancos adotaram diversos protocolos de proteção. As novas conquistas como as regras para o Teletrabalho e a realização do Concurso Público estão no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT/Banese) firmado em agosto de 2020. “Muitas informações debatidas aqui nesse Encontro são frutos de acordos assim como as ações de prevenção do Grupo de Trabalho Trilha (GT), Programa de Desligamento Voluntário (Pea) e Concurso Público no Banese. Isso significa a importância do sindicato forte e atuante”, afirmou a presidenta.

Dificuldades no Clube do Banese

Com mandato de dois anos, a gestão de Murilo Bezerra no Clube do Banese encerra em agosto deste ano. As eleições para a nova diretoria estão sendo coordenadas pela Apabanese e serão realizadas no dia 12 de agosto de 2021.

Segundo Murilo Bezerra, durante os primeiros sete meses, a gestão dirigida por ele enfrentou as consequências das medidas restritivas nos setores da economia em razão da pandemia do Covd-19. Também causou impacto financeiro a decisão do Banese em cortar a ajuda patronal que injetava no clube mensalmente cerca de R$ 18 mil reais, o que representava o pagamento de cerca de 40% da folha dos 23 funcionários do Clube.

Durante a pandemia, as atividades de lazer e entretenimento foram enquadradas como não essenciais e “com os decretos estaduais, o Clube do Banese teve de ficar um ano e meio de casa fechada”, destacou Murilo. O clube retornou as atividades em 10 de julho deste ano, e vem seguindo e atualizando os protocolos governamentais. 

Mas, enquanto isso, o clube enfrenta dificuldades para pagar a folha salarial dos 23 funcionários que está em torno de R$ 40 mil reais mensais. Quanto a decisão do banco em cortar a ajuda financeira e de retirar a marca Banese do clube, Murilo disse “que em conversa com a direção do banco”, a instituição espera que o Clube seja transparente. “Depois que assumimos a presidência descobrimos nuances: o clube não tem regras de transparência, os processos são muito manuais e depende de quem vem para fazer um trabalho transparente. Esperamos que, em algum momento, com a normalidade poderemos fazer uma reforma nos Estatutos do Clube. Vigente desde 2010, precisamos fazer ainda este ano, uma assembleia presencial em comum acordo com a Apabanese, o SEEB e com participação dos sócios”, destaca o presidente do Clube.

Antes da pandemia, o Clube do Banese estava com 1.400 associados (as). Na reabertura das atividades, o número reduziu para cerca 600 baneseanos (as) e 200 sócios-apresentados. Cada sócio da ativa paga uma mensalidade de R$ 40 reais e o sócio-apresentado paga cerca de R$ 70 reais. Para eliminar despesas e conseguir o equilíbrio nas contas, no início da gestão, a diretoria do Clube teve de encerrar o contrato de parceiros terceirizados (eletricista, fotógrafa, contador e advogado). A atividade de contador foi assumida pelo corpo funcional. Esses cortes geraram uma economia de aproximadamente 15 mil mensais. “Estamos trabalhando o Balanço Contábil de 2019 até 2020, esperamos entregar nos próximos meses e realizar essa contabilidade de forma trimestral e transparente”, afirma Murilo Bezerra.

 

Caixa de Assistência

A diretora da Casse/Banese, Elizabeth Sousa fez uma explanação sobre as inovações de interação tecnológicas no Portal da Casse e ao mesmo tempo os desafios para a gestão da Caixa de Assistência Casse/Banese.

 

Por Déa Jacobina Ascom SEEB/SE