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Debate promovido pela CTB reitera luta pela democracia e reconstrução do Brasil

“No DNA da CTB está a defesa intrasigente dos direitos da classe trabalhadora, do Estado Democrático de Direito", afirmou Adilson Araújo

Como parte das comemorações dos 5 anos da inauguração da Casa do Classe Trabalhadora e de fortalecimento do movimento em defesa da democracia e da retomada de um projeto com distribuição de renda e valorização do trabalho, a CTB Nacional realizou nesta quarta-feira (3) o debate “Pedras no caminho: Desafios para a reconstrução do Brasil Pós-pandemia”, com a participação do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, da presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Belaz, e do professor da Faculdade de Direito da USP e coordenador do Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), Ronaldo Lima dos Santos.

Ao fazer a abertura da atividade, o presidente da CTB, Adilson Araújo, destacou que “no DNA da CTB está a defesa intrasigente dos direitos da classe trabalhadora, do Estado Democrático de Direito e de instituições como o Ministério do Trabalho e a Justiça do Trabalho”, afirmou.

Em todas as falas, estiveram presentes os principais temas da atual conjuntura política, como o crescimento da fome e do desemprego, a desindustrialização e os ataques a ciência e a educação, além do chamado constante para a construção coletiva nos movimentos e nas bases por novos caminhos para a retomada popular do Brasil.

Reconstrução do Brasil

Em sua fala de abertura, Belluzzo prestou uma breve homenagem ao ex-deputado Ulysses Guimarães e ao papel prestado por ele na construção da democracia brasileira. Em seguida, traçou um breve panorama sobre as novas formas de acumulação no capitalismo com o avanço da precarização e das políticas neoliberais, defendendo que “o Estado deve criar empregos e novas relações, oferecendo dignidade às pessoas e permitindo que elas participem ativamente da vida social”.

Já o coordenador do Conalis Ronaldo Lima centrou sua fala nos desafios em lidar com mazelas sociais como a desigualdade e a precarização das relações sociais e de trabalho, iniciadas com medidas como a reforma trabalhista e o congelamento dos gastos sociais pelos próximos 20 anos e agravadas durante a pandemia da COVID-19. “Somos trabalhadores. No sindicalismo, precisamos ter bandeiras para enfrentar o atual estado de coisas, é preciso compartilhá-las com todos os movimentos sociais”, afirmou.

Por fim, Bruna Belaz pautou a necessidade imediata de retomar a soberania e o desenvolvimento do Brasil a partir da derrota de Bolsonaro, encerrando sua fala com um reforço à convocação da UNE para os atos do próximo 11 de agosto em defesa da democracia. “A reconstrução do país precisa perpassar todos os movimentos em defesa da democracia, os movimentos sociais populares, intelectuais e artistas, para que consigamos construir um plano emergencial de recuperação econômica e social.”

O debate também contou com falas de Paulo Sergio Faria, presidente da CTB-RJ e de membros da direção eleita do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, além da presença de dirigentes da CTB São Paulo e de diversas categorias e núcleos da CTB no Estado.

FONTE: Portal da CTB Nacional