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Estudos atuariais apontam inviabilidade da proposta de reajuste da Casse
Sindicato dos Bancários de Sergipe e a Apabanese pressionam a Casse por soluções mais justas
Um estudo atuarial detalhado, realizado a pedido do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) e da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Banese (Apabanese), concluiu que a proposta de realinhamento da Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado de Sergipe (Casse/Banese) é inviável e pode comprometer a sustentabilidade do plano de saúde.
Apresentado na última sexta-feira (27/09), o estudo, realizado pelo atuário Rafael Máximo, analisou as projeções financeiras da Casse com a implementação da proposta de novos valores de contribuição e a segregação das carteiras.
O público presente nessa reunião se manifestou de forma unânime: consideraram que a proposta, como está, coloca em risco a proteção à saúde dos mais de 5 mil beneficiários da Caixa.
"Os dados apresentados pelo atuário são claros e irrefutáveis: a proposta da Casse não é sustentável", afirma presidente do SEEB/SE, Adilson Azevedo. Segundo o dirigente sindical, “a segregação das carteiras e os aumentos excessivos nas contribuições, dos aposentados, representam um retrocesso e um desrespeito aos direitos dos beneficiários".
O representante da Apabanese, Antônio Gois reforça a preocupação com a quebra dos princípios fundamentais do plano de saúde, como o mutualismo e a solidariedade intergeracional. "A proposta da Casse fere esses princípios e coloca em risco a saúde e o bem-estar dos aposentados", afirma Goisinho.
A presidenta do Conselho Deliberativo da Casse, Maria Teresa Gomes, reconhece a complexidade da situação e a necessidade de buscar soluções equilibradas. "Esperamos que, com os dados apresentados nesse estudo, possamos construir um diálogo com a direção da Casse e encontrar alternativas que garantam a sustentabilidade do plano e a proteção à saúde dos beneficiários", afirma Maria Teresa.
O SEEB/SE e a Apabanese aguardam agora uma resposta da Casse sobre as propostas apresentadas no estudo atuarial. As entidades sindicais defendem a necessidade de uma negociação transparente e democrática, com a participação dos beneficiários, para encontrar uma solução que seja justa e viável para todos.
Por Déa Jacobina da ASCOM do SEEB/SE