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Desemprego Bancário, a face cruel de um setor bilionário
O Sindicato dos Bancários seguirá denunciando e lutando por um sistema financeiro que valorize o trabalhador e tenha responsabilidade social
O setor financeiro brasileiro celebra lucros recordes, mas a realidade para bancários e bancárias é sombria. Dados do Novo Caged (1º trimestre de 2025) confirmam o descompromisso social dos grandes bancos, que persistem em cortar empregos e impactar milhares de famílias.
Enquanto o mercado de trabalho formal cresceu, o setor bancário segue na contramão: 1.197 vagas foram eliminadas no 1º trimestre de 2025, e 7.473 postos a menos em 12 meses. Para o Sindicato dos Bancários, "esses números são uma afronta à sociedade e um desrespeito à função social das instituições".
Com lucros bilionários, os bancos travam o crescimento econômico e social do nosso país. Não existe nenhum compromisso social do sistema financeiro. A redução de vagas concentra-se nas atividades-fim (caixas, escriturários e gerentes), enquanto a Tecnologia da Informação cresce. Isso evidencia que a digitalização forçada e o fechamento de agências são as principais causas da extinção de vagas, ameaçando a profissão de bancário e impulsionando a terceirização, que frauda conquistas históricas.
A ausência de contratações de jovens para o primeiro emprego e a alta rotatividade reforçam a precarização. A desigualdade de gênero acentua-se, com mulheres sendo desproporcionalmente afetadas.
É inadmissível que um setor tão lucrativo desmantele empregos e precarize as relações de trabalho. O Sindicato dos Bancários seguirá denunciando e lutando por um sistema financeiro que valorize o trabalhador e tenha responsabilidade social.