Mobilização vence: Banese reabre negociações com o Sindicato dos Bancários

Reabertas negociações, Banese pré-agendou nova reunião para este mês para consolidar as demandas

 

A reabertura do diálogo direto entre o Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) e a Direção Executiva do Banco do Estado de Sergipe (Banese) foi uma conquista da forte mobilização da categoria. Após o envio de ofícios, a publicação de reivindicações no Jornal Resistência e a realização de atos no Centro Administrativo do Banese (CAB), o encontro no dia 31 de julho marcou uma nova e importante etapa nas negociações.

 

A reunião, que ocorreu após uma assembleia da categoria, foi considerada positiva e resultou em encaminhamentos importantes. Uma nova audiência já foi pré-agendada para os dias 14 ou 15 de agosto, com o objetivo de aprofundar os temas debatidos e consolidar os avanços.

 

“Avaliamos que houve progresso em pontos estratégicos, mas reforçamos a necessidade dos baneseanos e baneseanas de se manterem mobilizados para assegurar resultados concretos”, afirma o presidente do SEEEB/SE, Adilson Azevedo.

 

Na audiência, Adilson Azevedo foi acompanhado por uma comitiva do SEEB/SE, composta pelos dirigentes sindicais (empregados do Banese): Rosangela de Jesus, Fábio Rodrigues, Luís Alves (Lula), pelo empregado da Caixa Marcelo de Oliveira e pela representante do DIEESE/SE, Flávia Rodrigues. Pela direção do banco, estiveram presentes o presidente Marco Antônio Queiroz e os diretores Marcos Venicius (Administrativo) e Wesley Teixeira (Crédito), além de superintendentes e gerentes.

 

*A seguir, os principais pontos debatidos e os compromissos assumidos pelo banco*:

 

*Portaria de Caixa*: O Sindicato irá encaminhar modelos de outros bancos públicos sobre a designação via portaria, gratificação de função e descrição de atividades. O banco demonstrou abertura para avaliar as propostas e também apresentará uma contraproposta.

 

*Agências Conectadas*: O Banese reconheceu que das 15 agências originalmente conectadas, oito continuam nesse modelo, que foi adotado emergencialmente na pandemia. O banco reafirmou o compromisso de monitorar sua eficácia e se comprometeu com ações de formação para suprir a demanda por sucessores. Houve a percepção de que o banco está disposto a avançar para a extinção gradual desse modelo.

 

*Teletrabalho e Trabalho Híbrido*:

Teletrabalho: Já são 20 empregados atuando nessa modalidade, com 5 novos pedidos em análise. O banco informou que alguns estão sendo indeferidos por falta dos critérios objetivos normatizados ou de documentação adequada.

 

Trabalho Híbrido: Atualmente, 153 empregados estão nesse regime. Essa modalidade, uma antiga reivindicação da categoria, especialmente na área de TI, é vista pelo Sindicato como um avanço, pois representa um compromisso assumido pelo banco na mesa de negociação, mesmo sem previsão formal no Acordo Coletivo.

 

*Metas e Comissão de Vendas*: O Banese se comprometeu a enviar à rede um comunicado oficial sobre mudanças no Programa de Bonificação (PBDI), com a expectativa de melhorias nos critérios e valores.

 

*Sobreaviso*: O banco informou que está finalizando a minuta do aditivo sobre o Regime de Sobreaviso e a enviará ao Sindicato em breve.

 

*Juros Menores para Empregados*: O Banese seguirá o previsto no Acordo Coletivo. O Sindicato poderá encaminhar casos específicos para avaliação das diretorias, buscando taxas mais vantajosas.

 

*Incorporação de Função Gratificada*: O banco encaminhou a resolução vigente. O Sindicato propôs reabrir formalmente as negociações sobre o tema na próxima reunião.

 

*Horas Extras*: O Sindicato apresentará uma proposta baseada em modelos de outros bancos públicos, como Banrisul e Banpará.

 

*Sistema de Gestão de Pessoas (SGP)*:
O sindicato reiterou o pedido para receber a íntegra da proposta do novo SGP, ressaltando a importância de acesso completo ao conteúdo diante da existência de processo judicial relacionado ao Plano de Cargos e Salários.

 

Descanso Semanal Remunerado (DSR): O Sindicato criticou o banco por recorrer judicialmente em ações com jurisprudência favorável aos empregados, reforçando a necessidade de diálogo sobre o passivo.

 

Por ASCOM do SEEB/SE