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COE e Itaú debatem fechamento de agências e realocação de funcionários

Data a ser agendada, a próxima reunião retomará as pendências, como GT do GERA, questões como problemas no SQV e avaliação de performance e treinamentos

Emprego, fechamento de agências, realocação de funcionários, segurança, remuneração e condições de trabalho foram os principais temas discutidos na reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a direção do Itaú, realizada no último dia 12/8, em São Paulo.

No encontro, o banco informou que realizou 5.839 contratações e 4.475 demissões no período. Apesar do saldo positivo, houve 1.800 pedidos de demissão, o que resulta em um número total de saídas superior ao de admissões.

Foram apresentados também os dados sobre encerramento de unidades: 197 agências já fechadas e 28 em processo de fechamento, envolvendo 1.720 trabalhadores (86% realocados, 12% sem realocação e 2% que pediram demissão). Outros 252 bancários ainda estão em fase de realocação. A COE questionou os dados e solicitou que o Itaú informe, por região, a situação de cada funcionário realocado. A direção se comprometeu a avaliar a possibilidade de enviar as informações.

 

Foi debatido ainda o impacto do fechamento de agências no atendimento a aposentados, pois muitos não conseguem utilizar o autoatendimento e os canais digitais. Outra questão em pauta foi a segurança. Foram apresentados casos, especialmente na Bahia, de agências sem vigilantes, onde os caixas eletrônicos são abastecidos internamente, aumentando riscos para trabalhadores e clientes.

 

“A política de fechamento de agências, conduzida de forma desenfreada, vem impactando não apenas os trabalhadores, mas toda a sociedade civil, sobretudo os mais vulneráveis, como idosos e pessoas com deficiência. Cobramos do banco mais responsabilidade social com a população local, que precisa ter garantido um atendimento presencial acessível. Além disso, é urgente conter a redução acelerada de postos de trabalho, especialmente em outras regiões do país como o Norte e o Nordeste. Estamos também acompanhando os novos segmentos e estruturas que vem sendo criados fora das agências e buscando estar próximos dos colegas nesse momento de transição”, ressaltou a diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Luciana Dória, que integra a COE Itaú.

 

O banco apresentou ainda o novo modelo de remuneração variável do Smart Pro, que terá metas mensais e pagamento semestral. A COE questionou a falta de incorporação da remuneração variável do modelo anterior, o GERA, como havia sido informado anteriormente, especialmente para gestantes e trabalhadores em licença.

 

A próxima reunião deve retomar as pendências e discutir no GT do GERA, questões como problemas no SQV, avaliação de performance e treinamentos.

 

FONTE: Portal da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe