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TV Sergipe relata fechamento de agências bancárias em Aracaju

Presidente do SEEB/SE, Adilson Azevedo denuncia a ganância dos bancos e defende a regulamentação das fintechs

 

O fechamento de agências do Bradesco em Aracaju, a demissão em massa no Itaú, em São Paulo, e a falta de regulamentação das fintechs pelo Banco Central (BC) foram pautas de uma reportagem da TV Sergipe. A matéria teve como principal entrevistado o presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Adilson Azevedo.

 

A reportagem também ouviu a população, que defendeu melhorias no serviço dos bancos, como o atendimento presencial, e reclamou da falta de dinheiro nos caixas eletrônicos de agências menores. A matéria citou a demissão de cerca de mil funcionários do Itaú, em São Paulo, no dia 8 de agosto, sob a alegação de baixa produtividade.

 

A ganância dos bancos

O líder sindical denunciou a ganância dos bancos privados. "Não há razão para demissões nos bancos, porque a cada semestre, a cada ano, o lucro dessas empresas praticamente dobra. A gente segue nessa luta diária para que os bancos compreendam que seu maior patrimônio são seus empregados, são eles que produzem o lucro dessas instituições", afirmou Adilson Azevedo.

 

Fechamento de agências

A TV Sergipe reproduziu também as informações sindicais e oficiais de que, desde o início da pandemia, o Bradesco fechou sete agências em Sergipe e extinguiu 31 postos de trabalho. As agências mais recentes do Bradesco a serem fechadas em Aracaju foram as do Centro (Praça General Valadão) e da Zona Sul (na Rua Francisco Porto).

 

Pela regulamentação dos bancos virtuais

A reportagem ainda afirmou que uma das causas da onda de demissões e fechamento de agências, apontadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), é o uso crescente de aplicativos e a concorrência das fintechs, que atuam como bancos virtuais.

 

Sobre as fintechs, Adilson Azevedo concorda com a Febraban. "É uma concorrência desleal: as fintechs fazem tudo o que os bancos tradicionais fazem, mas não são regulamentadas como um banco pelo Banco Central (BC), e sim como cooperativas de crédito; não têm responsabilidade social; não têm despesas com impostos e taxas; não pagam bons salários aos seus funcionários e não têm representação de classe. Os bancos tradicionais reclamam e, nesse sentido, os sindicatos da categoria bancária defendem que o BC regulamente essas fintechs, esses bancos disfarçados”, concluiu.

Por Déa Jacobina Ascom do SEEB/SE