Notícias

SEEB/SE reforça luta por Saúde Solidária em Seminário da Anapar

Sergipe foi representado pelo diretor Fábio Dória, que também atua no Conselho Fiscal da Casse/Banese

O Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) marcou presença no III Seminário de Autogestão em Saúde da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (ANAPAR), realizado no último dia 28 de novembro, em Brasília. O evento reuniu 130 beneficiários, especialistas e entidades para discutir os desafios regulatórios e a sustentabilidade dos planos que atendem diversas categorias profissionais.

 

O SEEB/SE foi representado pelo diretor Fábio Dória, que também atua no Conselho Fiscal da Casse/Banese e é membro suplente do Conselho Deliberativo da Regional V da Anapar, evidenciando o forte envolvimento da categoria bancária com a pauta.

 

“Foi um debate enriquecedor para a consolidação do protagonismo dos trabalhadores e a necessidade urgente de garantir a sustentabilidade de um modelo de saúde baseado na solidariedade e na ausência de fins lucrativos”, afirmou Fábio Dória.

 

Na abertura do seminário, o presidente da ANAPAR, Marcel Barros, e a diretora de Saúde Suplementar, Caroline Heidner, destacaram o papel estratégico da autogestão. Em seguida, a diretora-adjunta da ANS, Carla Soares, apresentou o Normativo 649/25. A nova regra, com vigência a partir de julho de 2026, é considerada vital por permitir o multipatrocínio entre empresas de diferentes setores, um mecanismo crucial para injetar vitalidade nas carteiras envelhecidas. Soares também ressaltou a importância de regras claras para a movimentação de patrocinadores e advertiu sobre a fragilidade da governança dos planos diante de reajustes que fiquem abaixo do custo real.

 

Entre os temas mais debatidos, o advogado Rodrigo Salgado reforçou a posição, já consolidada em jurisprudência, de que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) não se aplica aos planos de autogestão. Ele sublinhou que a proteção do beneficiário deve ser alcançada pela mobilização e representação da categoria, em consonância com o caráter mutualista do modelo. A diretora Caroline Heidner abordou a Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH) e suas distorções, notadamente por não incluir os planos de autogestão em seu cálculo. Por fim, Edvaldo Pereira, da Cemig Saúde, fez um alerta urgente sobre a queda dos patrocínios e a necessidade de um maior engajamento dos trabalhadores por meio de ações formativas para defender a sobrevivência do modelo.

 

A economista do Dieese, Mariel Angeli, corroborou a intervenção de Pereira e destacou que as autogestões representam uma das expressões mais concretas da missão de defender o bem-estar dos trabalhadores ao longo da vida. Ela alertou ainda para a rápida concentração de poder no mercado de saúde, que afeta a capacidade de negociação das autogestões, e reforçou que o setor é uma referência de qualidade, solidariedade e respeito ao usuário.

 

O seminário culminou com o reforço da importância da união entre os planos de autogestão, vista como o caminho essencial para fortalecer a atuação política e negocial do setor frente aos órgãos reguladores e às empresas patrocinadoras. A Anapar sinalizou o objetivo de ampliar esse diálogo e consolidar uma agenda conjunta em defesa da saúde solidária e sem fins lucrativos.

 

Por Ascom do SEEB/SE com Fonte do Portal da ANAPAR