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Lotex pode voltar a ser operada pela Caixa. Bom

 

As privatizações não estão saindo do jeito que o governo Bolsonaro imaginava. Duas empresas que venceram o leilão da Lotex, a italiana International Game Technology e a americana Scientific Games International, desistiram de operar a loteria instantânea. Com a saída das multinacionais estrangeiras, o caminho se abre para a concessão voltar para Caixa.


O negócio declinou porque as empresas queriam que o banco assinasse um acordo para ceder a rede lotérica, que é uma rede privada com concessão pública administrada pela estatal, para poder vender os jogos. Outra razão foi a decisão do Supremo Tribunal Federal, que definiu que a exploração das loterias não é exclusividade da União, permitindo aos estados e o Distrito Federal o gerenciamento da atividade.


O grande risco, se a Caixa assinasse o acordo, era o fim das loterias. O certo seria o banco estar no negócio e não ajudar o concorrente a vender os bilhetes na rede que opera. O acordo era vantajoso somente para as multinacionais. Ao invés de gastar dinheiro para formar uma rede para comercializar os jogos, usaria o ‘balcão’ da instituição para lucrar.


Desde a década de 1960, a Caixa é detentora das loterias com grande arrecadação para programas sociais. Com a arrecadação de 40% da Lotex, a instituição financeira patrocina diversas áreas como seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde. Sendo privatizada, o percentual cairia para apenas 16,7% e o povo sairia perdendo.