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Dia Internacional Contra a Exploração da Mulher: um alerta

"Basta! Não irão nos calar!". Desde 2019, esse programa já atendeu mais de 450 mulheres e conseguiu mais de 230 medidas protetivas

O Dia Internacional Contra a Exploração da Mulher, celebrado em 24 de outubro, serve como um alerta sobre a persistência da desigualdade de gênero no mundo. Dados recentes revelam que as mulheres ainda enfrentam desafios significativos, como a disparidade salarial e a violência doméstica.

No Brasil, um estudo do Ministério do Trabalho mostrou que as mulheres recebem em média 20,7% menos que os homens para as mesmas funções. Além disso, elas são as principais vítimas do tráfico humano. A violência doméstica também é um problema grave, com milhares de casos registrados anualmente.

A misoginia, ou seja, a aversão às mulheres, é um dos principais fatores por trás dessa desigualdade. Ela se manifesta de diversas formas, incluindo a violência física, psicológica e econômica.

É fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para combater a exploração da mulher. Políticas públicas como a Lei de Igualdade Salarial são um passo importante, mas ainda há muito a ser feito. O voto consciente e a participação em movimentos sociais são essenciais para garantir um futuro mais justo e igualitário para todas as mulheres.

Serviço: Basta! Não irão nos calar!

O movimento sindical bancário criou um programa de canais de atendimento jurídico para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, que já estão presentes em 13 entidades, cobrindo 357 cidades nas cinco regiões do país.

Desde 2019, foram 451 atendimentos. Desse total, foram geradas 235 medidas protetivas de urgência, com base na Lei Maria da Penha.

É preciso continuar a luta por um mundo livre de violência e discriminação contra as mulheres.

Um dos problemas mais graves enfrentados pela mulher é a violência doméstica. Segundo monitoramento da Rede de Observatórios da Segurança, que monitora nove estados (Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo), em 2023, oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas. Outras regiões brasileiras apresentam dados alarmantes. Em 2022, um levantamento divulgado pelo Observatório Estadual de Segurança Pública, da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, mostrou que o estado estava entre os campeões da violência contra a mulher no país, com 89 casos de feminicídios e 41.621 situações de agressões domésticas registrados naquele ano.

Em sergipe a violência também não para

Os dados do Ligue 180 são alarmantes: de janeiro a julho de 2024, foram registradas 84,3 mil denúncias de violência contra a mulher no Brasil, um aumento de 33,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em Sergipe, o número de denúncias também cresceu, chegando a 712 no mesmo período.

As datas como o Dia Internacional Contra Exploração da Mulher, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), não necessárias para manter e ampliar a reflexão sobre as desigualdades e discriminação de gênero.