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Negociação com a Fenaban abre debate sobre tecnologias de monitoramento no home office e impactos no emprego

Da Feebbase, estavam na reunião os presidentes dos sindicatos de Sergipe, Adilson Azevedo, e da Bahia, Elder Perez.

O Comando Nacional dos Bancários trouxe vários exemplos de negociação sobre o uso de Inteligência Artificial e outras novas tecnologias no monitoramento, contratação, avaliação de trabalhadores e até nos desligamentos. Também apresentou exemplos de acordos que garantem o direito à não discriminação na contratação; preservação da saúde; respeito a desconexão; transparência no acesso dos sindicatos as informações; bem como o acesso dos bancários ao uso destas tecnologias, assim como o direito à contestação dos resultados dessas avaliações; e a garantia do feedback.

 

Representando a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase), estavam na reunião os presidentes do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Adilson Azevedo, e do Sindicato dos Bancários da Bahia, Elder Perez.

 

As lideranças sindicais destacaram que a tecnologia avança em ritmo acelerado e já ocupa espaço central na organização do trabalho bancário. A inteligência artificial e ferramentas de monitoramento remoto passaram a ditar métricas de produtividade, tempo de tela e até mesmo a permanência de cada trabalhador na empresa. “Porém, nenhuma tecnologia pode estar acima da dignidade humana e do direito à informação. O que está em jogo não é apenas a automação, mas a forma como somos avaliados, reconhecidos ou descartados dentro dos bancos”, afirmou a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

 

O Comando reivindicou acesso integral e transparente às informações de monitoramento, como quais dados são coletados e quais os critérios para avaliar produtividade; como estas ferramentas influenciam decisões sobre metas, promoções e desligamentos; e, sobretudo, assegurar que não ocorram discriminações, arbitrariedades ou substituições de trabalhadores por algoritmos.

Reafirmaram que o direito à negociação coletiva inclui o direito à informação e se os bancos utilizam a tecnologia para tomar decisões sobre os empregos no sistema financeiros, as entidades sindicais têm o direito e o dever de acompanhar, fiscalizar e intervir quando necessário.

A presidenta da Contraf-CUT, também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários reafirmou a importância de debater este tema de forma transparente e estabelecer regras e limites para o uso de ferramentas tecnológicas para o monitoramento do trabalho. “Os sindicatos e os trabalhadores precisam ter direito à informação e as tecnologias têm que melhorar o trabalho e a vida dos bancários, não os prejudicar”, afirmou.  

Manutenção do home office

O Comando Nacional dos Bancários destacou ainda a importância da manutenção do home office como um modelo de trabalho importante para a categoria, os impactos que a IA e a adoção de novas tecnologias podem ter no emprego bancário, além da necessidade de negociação coletiva efetiva sobre o tema, sendo necessário promover uma governança ética das tecnologias.

FONTE: Portal do Sindicato dos Bancários de São Paulo