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SEEB/SE repudia o PL que inclui o BB no pacote de privatizações do governo

Em mais um ataque ao patrimônio nacional, o Projeto de Lei (PL 461/2021), que altera a Lei 9.491 de 1997, e inclui o Banco do Brasil (BB) no Programa Nacional de Desestatização do governo Bolsonaro foi apresentado na Câmara Federal. A manobra visa privatizar o que resta de público no BB, que é uma das empresas mais sólidas, eficientes e rentáveis do país. 

Como justificativa ao projeto, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) alega que é muito ‘simples’ privatizar o Banco do Brasil. Discurso que demostra que desconhecendo a função pública da empresa e os lucros astronômicos produzidos pelo funcionalismo. Lucratividade que reflete diretamente em recursos para a União.

"O movimento bancário repudia esse projeto, que é totalmente injustificável e desastroso para o País. O Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista e maioria do seu capital votante pertence ao governo. É por conta deste perfil que o BB se consolida como uma importante ferramenta de distribuição de renda, de programas de sociais e de fomento do desenvolvimento. Trata-se do maior banco financiador da agricultura", afirma a presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira. 

A privatização do BB levará, na prática, a inflação dos alimentos. Ao mesmo tempo, o banco repassou, nos últimos 12 anos, R$ 36 bilhões ao Tesouro Nacional. Portanto, uma empresa que reforça o caixa do governo.

A privatização de uma empresa como o BB representa o desmonte da estrutura do estado brasileiro, significa abrirmos mão da nossa soberania e da capacidade de atuação do Estado brasileiro na indução ao desenvolvimento econômico.

Lembramos, que o Congresso já aprovou a autonomia do Banco Central e agora está de olho no desmonte dos bancos públicos do Brasil.