Notícias

Sistema Financeiro na pauta da 27ª Conferência

José Kobori, deu uma aula, mostrando como foi construído o atual modelo de economia mundial e como a China vem crescendo e ameaçando a hegemonia norte americana

 

O Sistema Financeiro Global, políticas de juros do Banco Central e Regulamentação do Sistema Financeiro brasileiro foi tema do terceiro debate da 27ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe no sábado (19/7). O evento começou na sexta-feira (18) e terminou no domingo (20), no Hotel Portobello, em Salvador.

Em sua exposição o professor, escritor, assessor estratégico e Financeiro, José Kobori, deu uma aula, mostrando como foi construído o atual modelo de economia mundial, com hegemonia do dólar e da influência dos Estados Unidos. Falou também sobre como a China vem crescendo e ameaçando a hegemonia norte americana.

 

Ele falou também sobre o Sistema Financeiro brasileiro, que tem grande concentração em poucos bancos, o que prejudica clientes e bancários. Para ele, o caminho para melhorar isto seria caminhar para um sistema muito mais pulverizado, fragmentado e descentralizado, porque a concentração é a lógica do capitalismo. “Quanto mais você concentra, mais poder de mercado, mais ganho de escala, menos trabalhador. É aquilo que eu falei, o conflito distributivo. Como eu consigo maximizar o meu retorno? Reduzindo a classe trabalhadora, reduzindo a mão de obra. Então, se você tem hoje três grandes bancos privados no Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, é um país extremamente concentrado,” acrescentou Kobori.

 

A mesa foi coordenada pelo secretário geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, que ressaltou a importância do tema para a categoria, que tem interesse em regulamentar o Sistema Financeiro no Brasil.

 

“Vivemos em cenário de ataque à nossa Convenção Coletiva de Trabalho, com precarização, terceirização e enxugamento da categoria. Temos milhares de trabalhadores realizando trabalhos de bancários sem os mesmos direitos. Não dá para empresas, como o Nubank, ter milhões de clientes, oferecer serviços bancários, mas não ser considerada banco e seus funcionários não serem bancários”, ressaltou Neto.

FONTE: Portal da Feebbase